SÍNDROME DE BURNOUT: COMO ENFERMEIROS EMERGENCISTAS VIVENCIAM E LIDAM COM OS ELEMENTOS QUE A CARACTERIZAM?
DOI:
https://doi.org/10.22277/rgo.v15i3.6067Palavras-chave:
Síndrome de Burnout. Urgência e Emergência. Enfermeiros.Resumo
Objetivo: descrever e analisar o trabalho dos enfermeiros que atuam nos serviços de urgência e emergência de um hospital público de Belo Horizonte.
Método / abordagem: a pesquisa é descritiva, com abordagem qualitativa, utilizando o estudo de caso como método.
Principais resultados: Na dimensão exaustão emocional os resultados apontaram para sobrecarga e esgotamento no trabalho. Na dimensão despersonalização, os enfermeiros têm conhecimento a respeito dos impactos que situações do trabalho e problemas dos pacientes podem exercer sobre eles e na dimensão baixa realização profissional os enfermeiros disseram insatisfeitos com o salário que recebem e sentem-se desvalorizados.
Contribuições metodológicas / sociais / gerenciais: ampliação do conhecimento sobre o fenômeno Síndrome de burnout, por meio de abordagem qualitativa, uma vez que, as pesquisas sobre o tema têm em sua maioria, abordagem quantitativa.
Originalidade / relevância: Na literatura brasileira, encontram-se poucos estudos sobre o tema, realizado apenas com enfermeiros e com abordagem qualitativa.
Referências
Acosta, A. M., & Lima, M. A. D. S. (2015). Frequent users of emergency services: associated
factors and reasons for seeking care. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 23(2), 337-
doi: https://doi.org/10.1590/0104-1169.0072.2560.
Adriaenssens, J., De Gucht, V., & Maes, S. (2015). Determinants and prevalence of burnout in emergency nurses: a systematic review of 25 years of research. International Journal of Nursing Studies, 52(2), 649- 61. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2014.11.004.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Benevides-Pereira, A. M. T. (2002). Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Conselho Federal De Enfermagem - COFEN. (1986). Lei nº749886 de 25 de junho de 1986. Recuperado de: https://www.cofen.gov.br/lei-n-749886-de-25-de-junho-de-1986_4161.html
Conselho Federal de Enfermagem - COFEN. (2021). Brasil representa um terço das mortes de profissionais de Enfermagem por covid-19. Recuperado de: http://www.cofen.gov.br/brasil-responde-por-um-terco-das-mortes-de-profissionais-de-enfermagem-por-covid-19_84357.html.
Duarte, M. L. C., Glanzner, C. H., & Pereira, L. P. (2018). O trabalho em emergência hospitalar: sofrimento e estratégias defensivas dos enfermeiros. Revista Gaúcha Enfermagem, 39(1)1-8.
França, T. L. B., Oliveira, A. C. B. L, Lima, L. F., Melo, J. K. F., & Silva, R. A. R. (2014). Síndrome de burnout: características, diagnóstico, fatores de risco e prevenção. Revista Enfermagem UFPE on line, Recife, 8(10), 3539-46. doi: 10.5205/reuol.6039-55477-1-ED.0810201434.
Godoi, V. C. G., Ganassi, G. S., Inoue, K. C., & Gil, N. L. M. (2016). Reception with risk classification: characteristics of the demand in an emergency unit. Cogitare Enfermagem, 21(3), 1-8. doi: https://doi.org/10.1590/1516-635x160297-100.
International Stress Management Association – Brasil - ISMA-BR. (2020). Artigos. Recuperado de: http://www.ismabrasil.com.br/?con=artigos&idi=pt-br&obj=site&pag=3.
Kolhs, M., Olschowsky, A., Barreta, N. L; Schimerfening, J., Vargas, R. P., & Busnello, G. F. (2017). Nursing in urgency and emergency: between pleasure and suffering. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 9(2), 422-431. doi: http://dx.doi.org/10.9789/21755361.2017.v9i2.422-431.
Leiter, Michael P., & Maslach, C. (1999). Six areas of worklife: a model of the organizational context of burnout. Journal of health and Human Services administration, 21(4), 472-489. doi: https://www.jstor.org/stable/25780925.
Magalhães, E., Sousa O., A. C. M., Govêia, C. S., Ladeira, L. C. A., Queiroz, D. M., & Vieira, C. V. (2015). Prevalência de síndrome de burnout entre os anestesiologistas do Distrito Federal. Brazilian Journal of Anesthesiology, São Paulo, 65(2), 104-110. Recuperado de: https://doi.org/10.1016/j.bjane.2013.07.016.
Maslach, C. (2003). Job burnout: new directions in research and intervention. Current Directions in Psychological Science, 12(5), 189-192.
doi: https://doi.org/10.1111/1467-8721.01258.
Maslach, C. (1993). Burnout: a multidimensional perspective. In: Schaufeli, W. B; Maslach, C.; Marek, T. (Eds.), Professional burnout: recent developments in theory and research. New York: Taylor & Francis.
Maslach, C. (2011). Burnout and engagement in the workplace: new perspectives. The European Health Psychologist, 13(3), 44-47. Recuperado de: https://www.ehps.net/ehp/index.php/contents/article/view/ehp.v13.i3.p44/997
Maslach, C., & Leiter, M. P. (2016). Understanding the burnout experience: recent research and its implications for psychiatry. World Psychiatry, 15(2), 103–111. doi: https://doi.org/10.1002/wps.20311.
Maslach, C., Schaufeli, W. B., & Leiter, M. B. (2001). Job burnout. Annual Review of Psychology, 5(1), 397- 422. doi: https://doi.org/10.1146/annurev.psych.52.1.397.
Miorin, A. D., Camponogara, S., Pinno, C.; Beck, C. L. C., Costa, V., & Freitas, E. O. (2018). Prazer e sofrimento de trabalhadores de enfermagem de um Pronto-Socorro. Revista Texto Contexto Enfermagem, Santa Catarina, 27(2), 2-9. Recuperado de:
https://doi.org/10.1590/0104-070720180002350015.
Paiva, K. C. M., Dutra, M. R. S., Barros, V. R. F., & Santos, A. O. (2013). Estresse ocupacional e burnout de jovens trabalhadores. In: XXXVII ENANPAD, Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, Anais... Rio de Janeiro. Recuperado de: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2013_EnANPAD_GPR63.pdf.
Pieters, W. R., & Matheus, L. (2020). Improving general health and reducing burnout of nurses in Namibia. SA Journal of Human Resource Management/SA, 18 (1), 1-13. Recuperado de: https://doi.org/10.4102/sajhrm.v18i0.1138.
Qureshi, H. A., Rawlani, R., Loton, L. M., Dumanian, G. A, Kim, J. Y., & Rawlani, V. (2015). Burnout phenomenon in U.S. plastic surgeons: risk factors and impact on quality of life. Plastic and Reconstructive Surgery, 135(2), 619-626. doi: 10.1097/PRS.0000000000000855.
Rezaei, S., Karami M. B., Hajizadeh M., Soroush, A., & Nouri, B. (2018). Prevalence of burnout among nurses in Iran: a systematic review and meta-analysis. International Nursing Review, 65(3), 361-369. doi: 10.1111/inr.12426.
Sadir, M. A., & Lipp, M. N. (2013). Influência do treino de controle do estresse nas relações interpessoais no trabalho. O Mundo da Saúde, São Paulo, 37(2), 131-140.
doi: http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/102/1.pdf.
Schaufeli, W. B., Leiter, M. P., & Maslach, C. (2009). Burnout: 35 years of research and practice. Career Development International, 14(3), 204-220. doi: 10.1108/13620430910966406.
Scussiato, L. A., Peres, A. M., Tominaga, L. B. L., Galvão, K. D. S., & Lima, D. C. (2019). Fatores que acarretam insatisfação no trabalho do enfermeiro no contexto hospitalar privado. Revista Mineira Enfermagem, 23(e-1222). doi: http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20190070.
Sousa, H. R. O. (2017). Síndrome de burnout em equipe de enfermagem que atua na urgência e emergência. Tempus Actas de Saúde Coletiva, Brasília, 11(4), 185-196.
doi: https://doi.org/10.18569/tempus.v11i4.2315.
Tarcan, M., Hikmet, N., Schooley, B., Top, M., & Tarcan, G. Y. (2017). An analysis of the relationship between burnout, socio-demographic and workplace factors and job satisfaction among emergency department health professionals. Applied Nursing Research, 34, 40-47. doi: 10.1016/j.apnr.2017.02.01.
Trigo, T. R.; Teng, C. T.; Hallak, J. E. C. (2007). Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos. Revista Psiquiátrica Clínica, 34(5), 223-233.
Doi: https://doi.org/10.1590/S0101-60832007000500004.
Van Mol, M. M., Kompanje, E. J., Benoit, D. D., Bakker, J., & Nijkamp, M. D. (2015). The prevalence of compassion fatigue and burnout among healthcare professionals in intensive care units: a systematic review. PLoS One, 10(8). doi: 10.1371/journal.pone.0136955.
Vasconcelos, E.M., & De Martino, M. M. F. (2018). Preditores da síndrome de burnout em enfermeiros de unidade de terapia intensiva. Revista Gaúcha de Enfermagem, 38(4), 1-7. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1983- 1447.2017.04.65354.
Vieira, C. A. S., & Mafra, A. A. (2011). Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Protocolo Clínico sobre Trauma. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG); Programa de Fortalecimento e Melhoria da Qualidade dos Hospitais do SUS/MG – Pro-Hosp. Belo Horizonte. Recuperado de: https://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/Trauma.pdf.
Zanatta, A. B., & Lucca, S. R. (2015). Prevalence of burnout syndrome in health professionals of an onco-hematological pediatric hospital. Revista Escola de Enfermagem, USP, São Paulo, 49(2), 251-258. doi: https://doi.org/10.1590/S0080-623420150000200010.
Wanzhi, Huang. (2020). Research progress on job burnout of nurses. Advances in Social Science, Education and Humanities Research. In: 2020 5th International Conference on Humanities Science and Society Development (ICHSSD 2020). Atlantis Press, 451, 606-610. Recuperado de: https://doi.org/10.2991/assehr.k.200727.184.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Estou ciente de que, em sendo aprovado, a publicação do artigo será no formato on-line na RGO.
Também tenho ciência de que há autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Do ponto de vista do Creative Commons, a Revista Gestão Organizacional é de acesso aberto e irrestrito, porém não permitindo adaptações nos artigos, nem o uso comercial.
Sobre a licença Creative Commons: As licenças e instrumentos de direito de autor e de direitos conexos da Creative Commons forjam um equilíbrio no seio do ambiente tradicional “todos os direitos reservados” criado pelas legislações de direito de autor e de direitos conexos. Os nossos instrumentos fornecem a todos, desde criadores individuais até grandes empresas, uma forma padronizada de atribuir autorizações de direito de autor e de direitos conexos aos seus trabalhos criativos. Em conjunto, estes instrumentos e os seus utilizadores formam um corpo vasto e em crescimento de bens comuns digitais, um repositório de conteúdos que podem ser copiados, distribuídos, editados, remixados e utilizados para criar outros trabalhos, sempre dentro dos limites da legislação de direito de autor e de direitos conexos.
A Revista Gestão Organizacional adota o sistema: Atribuição-SemDerivações-SemDerivados CC BY-NC-ND: Permite o download dos seus trabalhos e o compartilhemento desde que atribuam crédito, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.
