GRENALIZAÇÃO NA COPA DO MUNDO: POLÍTICA IDENTITÁRIA NA ESCOLHA DA ARENA PORTO-ALEGRENSE
DOI:
https://doi.org/10.22277/rgo.v10i2.3873Palavras-chave:
História, Arte, Cultura, Arquitetura e DesenvolvimentoResumo
A escolha do estádio-sede de Porto Alegre para a Copa do Mundo se deparou com uma das maiores rivalidades clubísticas do país, a qual levou à criação do termo grenalização, que designa como esta polarização adentra espaços além do futebol, o que articulamos como uma política identitária. O Beira-Rio foi escolhido, mas não sem polêmica e a insistência, do lado gremista, de que a Arena do Grêmio teria um projeto adequado e de que o Internacional teria sido privilegiado. O presente trabalho teve por objetivo avaliar os argumentos presentes nos discursos em torno das novas arenas. Para tal, acessamos três posições discursivas sobre o assunto: dos organizadores, da imprensa e da sociedade. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, observações diretas e documentos. O método usado foi a Análise de Discurso Foucaultiana. Como lente teórica, adotamos a Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe. Nossos achados apontam para três formações discursivas: uma sobre a grenalização no contexto da escolha do estádio e mais uma relativa a cada posição antagônica. Concluímos que o discurso colorado conseguiu se estabelecer como hegemônico, por ter assumido um significante vazio que localizou a polêmica em torno da discussão de aspectos técnicos da construção das arenas, o que contribuiu com a legitimação da escolha do Beira-Rio.Downloads
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