Ao longo dos 25 anos, muitas produções foram realizadas. Algumas temporárias, que marcaram a turma que executou. Outros produtos midiáticos foram mais permanentes e marcaram a história de dezenas de egressos. É o caso do Passe a Folha; do Jornalismo na Pauta; do Jornal Mural; da Experimentus; e da Rádio Frequência Universitária.
O professor do curso de Jornalismo da Unochapecó, Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira, esteve presente na criação e na produção de vários deles. O curso iniciou com um produto midiático, que era o Passe a Folha, que teve entre sessenta e setenta edições e depois, com o desenvolvimento das disciplinas de diagramação, principalmente de redação e de reportagem, sentiu-se a necessidade de trabalhar outros produtos.
Foi criado, então, um produto chamado Jornalismo na Pauta. “Ele tratava exclusivamente sobre o tema jornalismo, e era feito pelos alunos do segundo e terceiro período. O Jornalismo na Pauta teve cinquenta edições aproximadamente. Aí surgiu outro, mais específico para o jornalismo informativo que era o Jornal Mural, e nesse chegamos a cento e trinta edições”, comenta o professor. Como o nome já diz, ele foi produzido em um formato de mural e o diferencial dele era que cada turma tinha um nome para o jornal.
O professor cita como esses produtos midiáticos eram produzidos. “Decidimos as pautas e cada aluno tinha a sugestão. A partir disso, eram realizados. Cada um se encarregava na produção”, comenta. O professor relembra que o Passe a Folha circulou, por um período, encartado num jornal local, enviado para outras instituições. “O Jornalismo na Pauta, tinha um formato diferenciado, ele era um tabletinho que a gente chama, circulava no curso e, às vezes, mandava também para outros cursos. E o Jornal Mural literalmente a gente aplicava em todos os murais disponíveis na Universidade”, salienta.
Quando perguntado sobre os momentos marcantes na produção desses produtos midiáticos, Hugo comenta o processo de produção: pensar uma pauta, desenvolvê-lá, afinar a edição, organizar, planejar e redirecionar algumas coisas. “A gente teve sabores e dissabores também, porque o jornal às vezes, mexia com vespeiros. Então tivemos esse exercício, vamos dizer assim, que o jornal diário tem, e a gente também teve aqui”, finaliza.
Passe a folha
O jornal laboratório Passe a Folha integra o rol de produtos midiáticos oferecidos pelo curso de Jornalismo da Unochapecó. Possibilita o exercício da produção de textos informativos, opinativos e interpretativos em duas edições semestrais, relacionadas às disciplinas de redação, sendo a principal delas a disciplina de “Edição em Jornalismo Impresso”.
O Passe a Folha cumpria com uma das exigências do Conselho Federal de Educação para os cursos de Jornalismo, e existe desde que foi criada a graduação na Unochapecó, em 1998. Sua primeira edição foi veiculada em abril de 1999.
Vamos lembrar um pouco da Rádio Frequência Universitária e da Revista Experimentus..
Rádio Frequência Universitária
A Rádio Freqüência Universitária fez parte do corpo de produtos midiáticos laboratoriais do curso de Jornalismo da Unochapecó, com a proposta de viabilizar experiências reais do mercado de trabalho, associando atividades práticas à base teórica estudada.
Entre seus objetivos estava o de promover a integração e participação dos mais diferentes segmentos sociais, valorizar e ampliar os diversos espaços culturais do município e região e desenvolver ações para a divulgação do Curso de Jornalismo da Unochapecó. Também ajudando a divulgar e potencializar as ações da Unochapecó e da então Área de Ciências Sociais Aplicadas, possibilitando o acesso à informação e sua difusão.
O professor Dirceu Hermes relembra porque o nome “Passe a Folha”. “Na primeira turma do curso de Jornalismo, eles tinham o hábito de, ao iniciar a aula, eles escreviam em uma folha observações, críticas e comentários. Era um correio que circulava na sala de aula, e onde estava escrito ‘passe a folha’. Nesse papel, ia o recado, o que eles queriam comentar e aquela folha passava de mão em mão. Se tornou, assim, o informativo da turma. E quando surgiu o jornal laboratório, lógico, não tinha um nome mais adequado do que esse”, lembra.
Dirceu salienta que o jornal laboratório teve uma inserção e participação comunitária grande, porque o impresso estava muito presente naquele período. “Era um momento que se discutia, lá adiante, a questão das novas tecnologias, do sistema de televisão mudar para o digital, para a TV interativa. Então se visualizava essas mudanças, mas o impresso era forte”, destaca.
O professor Dirceu comenta ainda que o Passe a Folha levantou muitas temáticas e problemáticas da comunidade. Além de edições especiais, por exemplo, de eleições e Efapis. “O Passe a Folha teve essa inserção comunitária e de vivência profissional para os nossos alunos”, frisa.
A jornalista e ex-técnica administrativa da Acin Jornalismo, Aline Dilkin, lembra da edição produzida para as Eleições de 2012.
Revista Experimentus
A Revista Experimentus tinha como objetivo central a formação e informação no mundo acadêmico, abordando assuntos ligados à universidade e também pautas de relevância nacional e mundial, dos mais variados campos da informação. Os alunos que estavam na missão de produzir este trabalho experimentaram a teoria e a prática na produção do impresso, desenvolvendo uma noção em computação gráfica.
A revista era produzida pelos acadêmicos de Jornalismo, com a orientação de um profissional de educação ligado à computação gráfica e diagramação de conteúdo midiáticos. A cada edição, a revista tinha um formato exclusivo e abordava uma temática diferente.
Uma das principais metas, além da formação do profissional de comunicação e jornalismo, é o de informar e incentivar a leitura no mundo acadêmico nas mais diversas áreas de conhecimento. Juntamente com o Passe a Folha, desempenhou um papel fundamental na formação dos acadêmicos da área de comunicação, com maior destaque na aplicabilidade prática para os graduandos em Jornalismo.