O INÍCIO

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Um pulo para o passado

A história do curso de Jornalismo inicia-se em 1992 com a  ideia de ofertar o curso na antiga Unoesc – campus Chapecó. Essa implantação foi construída por muitas pessoas. Na época, a professora Ilka Goldschmidt Vitorino foi contratada para dar início ao projeto. No primeiro momento foram feitos vários encontros com profissionais da região, que atuavam na mídia, a fim de saber da demanda do curso e das necessidades e desejos em relação a ele. As professoras Lourdes Alves, na época vice-reitora de Administração, e a professora Clélia Fantoni Benk, à época chefe do Departamento de Comunicação, foram agentes fundamentais nos primeiros anos do curso. 

Ainda no ano de 1995 uma viagem foi determinante para a implantação do curso. As professoras Ilka Goldschmidt Vitorino, que estava à frente do projeto, e Lucia Franzoni, na época vice-reitora de Extensão de Pesquisa e Pós-graduação, viajaram para São Paulo em busca de uma pós-graduação. O curso “Metodologia do Ensino Superior em Comunicação Social”, era oferecido pela Universidade Metodista, na época Instituto Metodista de São Bernardo do Campo, coordenado pelo professor José Marques de Mello. A ideia de trazer essa pós para Chapecó, era formar os primeiros professores para atuar no curso.

Com a chegada da primeira pós-graduação, coordenada pela professora Ilka Goldschmidt Vitorino com assessoria do professor Marques de Mello, os primeiros professores ficaram aptos para lecionar. O curso foi implantado em 1998 com a coordenação de Ilka Goldschmidt Vitorino. 

Com o grupo de professores definido e a matriz curricular elaborada juntamente com o jornalista e mestre Paulo de Tarso Riccordi, o curso iniciou em 16 de fevereiro de 1998.  Segundo o professor Dirceu Luiz Hermes, que estava presente na implantação do curso, o projeto pedagógico elaborado pela professora Ilka era um projeto bem inovador. “Existia muita clareza, tanto é que foi o primeiro curso de Jornalismo a ter um foco em discutir a realidade regional em comunicação. Se discutia muito ter uma formação ampla, mas também ter um olhar sobre o mercado regional”, ressalta.

Na época, o curso tinha um horário diferenciado, planejado para os profissionais que já atuavam no mercado de trabalho. As aulas iniciavam às 14h20, tendo em vista que os jornais fechavam às duas da tarde, porque o Diário da Manhã, principal jornal da época, era editado em Passo Fundo. “Todos os cursos da universidade iniciavam às 13h30 menos nós. O intervalo era diferente, as atividades de corredor que o Centro Acadêmico organizava eram em horário de aula dos outros cursos, então o curso de Jornalismo sempre ‘aprontava’ “, conta o professor Dirceu.

Com o passar do tempo, professores e estudantes que integravam o colegiado, sentiram que existia uma grande demanda de alunos recém concluintes do Ensino Médio, e que não fazia mais sentido as aulas continuarem no turno da tarde porque existia uma certa dificuldade em se inserir no mercado de trabalho. O curso passou, então, a ser ofertado no período matutino em 2005, e posteriormente, no noturno em 2009, turno que segue até hoje.

Confira um dos podcasts produzidos sobre a história da implantação do curso.

MATRIZES CURRICULARES  

As matrizes curriculares do curso sempre foram pensadas para proporcionar a melhor formação aos acadêmicos. A primeira versão, segundo o professor Dirceu Hermes, tinha uma visão regional.

“Queríamos contribuir com os princípios da universidade e com o desenvolvimento regional, colocando profissionais no mercado que tivessem esse compromisso de uma inserção regional com o desenvolvimento local. Fomos um dos primeiros cursos do Brasil a ter um olhar sobre a comunicação regional, com a inserção da disciplina de Realidade Regional em Comunicação, em que se discutia e se diagnosticava quais eram as carências do mercado da região, e de que forma o profissional egresso do curso deveria atuar nele.”

– Dirceu Hermes.

 A primeira atualização na matriz aconteceu durante a coordenação do professor Jorge Arlan de Oliveira Pereira. Na sequência, com o objetivo de atender às novas exigências do jornalismo brasileiro, houve uma terceira revisão da grade, em 2014, sob gestão do professor Vagner Dalbosco. A ideia desta matriz era aprimorar e privilegiar a formação do estudante humanista e crítico, que continuou com disciplinas básicas e disciplinas tradicionais como, Jornalismo Impresso e Técnicas de Entrevista.  Ela contava com disciplinas que atendiam às novas possibilidades do jornalista no mercado de trabalho. Dentre elas estavam: Assessoria de Comunicação, Empreendedorismo, Jornalismo Online e Produção Hipermídia. 
 

 Um novo upgrade aconteceu em 2020 sob coordenação da professora Angélica Lüersen com assessoria do professor Márcio Fernandes da Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná (Unicentro).

O professor Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira, que está presente no curso desde 1999, comenta a última atualização da matriz durante sua participação no podcast PodOpinar,  no episódio especial sobre os 25 anos do curso. Ele enfatizou que a mudança que aconteceu durante a coordenação do professor Jorge Arlan e a de 2020 foram as mais bem trabalhadas do curso.

A professora Angélica Lüersen, que era coordenadora do curso na última atualização da matriz, em 2020, lembra que o curso já passou por várias revisões, e sempre com um olhar para o novo cenário da profissão. “A gente não consegue ficar tanto tempo sem revisar porque a profissão é dinâmica e nessa última revisão especialmente, nós tínhamos essa inquietação, queríamos trazer para o curso uma nova perspectiva”, declara.

Confira os três episódios do podcast Convergência, produzido logo após a finalização da nova matriz e que aborda esse novo momento do jornalismo e do curso.

No primeiro episódio do Podcast Convergência, conversamos com a então coordenadora do curso de Jornalismo da Unochapecó, Angélica Lüersen, e com o jornalista e professor da Unicentro, Márcio Fernandes, sobre o que é o novo jornalismo, qual a base da profissão e como acompanhar as mudanças do mercado e tecnologia.
No segundo episódio, abordamos sobre qual a base, a essência da profissão que fica com as mudanças na tecnologia e nos métodos de produção.
O terceiro episódio aborda sobre como ficam as funções dos profissionais em meio a essas mudanças.

Produção: Deisiana Damarat; Emilly Bueno; João Pedro Zatta Grolli; e Schaiane Bohn.

Supervisão: Angélica Lüersen e Eliane Taffarel

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