por Acin Jornalismo | 8 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Mônica Guerini* Imagem do site Olhar Digital A situação crítica da pandemia faz o mundo voltar às atenções para o Brasil. E não é por menos: somos o segundo país em maior número de mortes pelo coronavírus. Em março deste ano, duas reportagens do jornal norte-americano New York Times escancararam o cenário caótico do coronavírus em terras tupiniquins. No começo do mês, o tablóide criticou a ineficiência do governo federal para conter o contágio e alertou para o risco das variantes do novo coronavírus já terem atravessado as fronteiras brasileiras. A publicação norte-americana chegou a classificar o Brasil como “celeiro” para a doença. Dias depois, outra reportagem mostrou que o Brasil está relatando mais novos casos e mortes do que qualquer outro país do mundo. Segundo o jornal, o colapso é um fracasso total para o país que, nas últimas décadas, chegou a ser considerado modelo para outras nações em desenvolvimento. Mas a crítica não é apenas do New York Times. Somam-se ao coro outros jornais estrangeiros, líderes políticos de diferentes países e entidade internacionais como a Human Rights Watch que publicou um relatório mundial onde afirma que o presidente Jair Bolsonaro tentou sabotar medidas de prevenção contra a covid-19. O documento ainda fala que as medidas de fiscalização ambiental foram enfraquecidas, o que contribui para o desmatamento e incêndios na Amazônia que aumentaram cerca de 16% em 2020, segundo matéria publicada pela Folha. A situação pode acabar interferindo na economia, já bastante afetada com a pandemia, lembra o estudante de relações internacionais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Douglas Welter Reichert. “Os investidores e as empresas...
por Acin Jornalismo | 8 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Christopher Rodrigues Fustes Marin* Centro de Reabilitação Pós-Covid no Ginásio Ivo Silveira, em Chapecó Foto: Prefeitura de Chapecó As sequelas deixadas pela covid-19 não são poucas e podem durar meses para serem revertidas. Estudo feito pela Universidade de Leicester, no Reino Unido, descobriu que sete em cada dez pacientes hospitalizados pela Covid-19 não se recuperaram totalmente, mesmo após cinco meses de alta médica. A pesquisa analisou 1.077 pessoas que ficaram internadas entre o mês de março e novembro do ano de 2020. O resultado foi que grande parte dos pacientes recuperados manifestaram uma média de nove sintomas da doença após o fim da infecção, seja relacionada à saúde mental ou física. Entre eles estão a fraqueza nos membros, sensação de falta de ar, perda de memória a curto prazo, fadiga, dor muscular e insônia. Além disso, a pesquisa constatou que as pessoas com mais probabilidade de manifestar sintomas persistentes são mulheres de meia-idade com diabetes, asma ou doenças cardíacas. No estado de São Paulo, 42% dos pacientes internados nos meses de março e abril do ano passado foram acompanhados após o período de infecção, um total de 7.136 pessoas. Fisioterapia ajuda a tratar sequelas A recomendação é que o paciente, após o fim da infecção, procure um clínico geral para avaliar possíveis sequelas, segundo a fisioterapeuta Suyane Smaniotto. Entre os exames que os médicos podem requisitar estão a tomografia de tórax, eletrocardiograma, teste ergométrico e ressonância magnética.Uma das principais sequelas ocorre no sistema respiratório. Nestes casos, observa a fisioterapeuta, são feitos exercícios e procedimentos para fortalecer a musculatura respiratória e periférica, e em procedimentos para remoção da...
por Acin Jornalismo | 8 de abril de 2021 | Hipermídia - 2021/1
Por Rafael Chiamenti Pedroso* Projeto literário organizado por Paulo Juarez Braga e Nelson BrawersFoto: Rafael Pedroso De repente, em um estalar de dedos, o mundo foi engolido por um vírus invisível e de certa forma brutal. E não havia fronteiras para ele. A situação forçou inúmeras pessoas a se trancar em casa, como forma para conter o vírus. O lar passou a ter dupla função, agora como local de trabalho. Sem poder socializar, foi preciso preencher a lacuna do tempo livre. Alguns recorreram à leitura e outros buscaram o acalento da escrita, em pôr no papel sentimentos e momentos de uma pandemia. O momento foi propício para um jornalista e um médico tirarem uma ideia do papel e organizar um livro. Em meados de março de 2020, foi pensado a ideia de reunir em uma coletânea literária, a vivência da pandemia do coronavírus. Com 202 páginas, a obra expõe histórias diferentes: o luto de um ente perdido, os devaneios de uma quarentena, a reviravolta da vida, as rotinas de estudantes e professores, e toda a mudança decorrente da pandemia. Bueno, escrevendo registro de uma história Paulo Juarez Braga, jornalista que reside em Três Passos, noroeste do RS, é envolvido na área da cultura da cidade. Por consequência da pandemia, ele acabou parando a gravação de um documentário que estava em produção, e assim surgiu Pandemia Literária. “Perguntei se o Nelson (Brauwers) topava me ajudar a organizar um livro sobre textos e relatos pessoais de como cada um, do seu isolamento, estavam lidando com a questão do coronavírus.” Os dois começaram convidar escritores ou conhecidos. E, pouco a pouco, os...