A tarde do sábado (14), penúltimo dia de Feira, foi marcada por um eclipse solar parcial, quando cerca de 37% do diâmetro solar foi obstruído pela lua. Durante o acontecimento, uma parceria entre a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a Associação Apontador de Estrelas, promoveu um evento para observação do eclipse, com telescópios e equipamentos adequados.
Professor da Udesc e membro da Associação Apontador de Estrelas, Daniel Iunes Raimann, conta que a associação realiza noites e dias de observação, e que foi um acaso acontecer o eclipse durante a Feira. “Trouxemos os telescópios da universidade e dos membros da associação para a disposição do público, com filtros adequados para observar o eclipse sem acarretar em lesões oculares. São sete telescópios no total, além de filtros manuais”, comenta. Além disso, ele cita alguns cuidados para observar o evento com segurança. “É aconselhado o uso de filtro de máscara de solda, número 14. Também pode ser feito um furo em papel alumínio e deixar passar a luz solar, formará o disco solar. E não utilizar chapas de raio-x ou óculos escuros para observar, pois não protege contra a radiação”, salienta.
“Interessei-me pela astronomia devido aquele eclipse”, conta o professor Diego de Bastiani. “No dia 4 de novembro de 1994, aconteceu basicamente em toda Santa Catarina, um dos maiores eclipses solares de todos os tempos. Foi o que mais chamou a atenção aqui no Brasil, ele teve uma duração boa e atraiu astrônomos de fora, para poder acompanhar esse evento tão raro para nossa posição geográfica”, cita. Além disso, o professor relembra que não pode observar aquele eclipse, pois sua mãe não deixou. “Na igreja, falaram que a gente poderia ficar cego se olhasse para o sol, só que eles não orientaram que você poderia olhar para o eclipse no momento da totalidade, então, muita gente não viu. Eu mesmo só vi o dia ficando noite”, relata. Diego comenta que após buscar conhecimento na área vê na observação de fenômenos um momento importante para fazer essa divulgação de astronomia, falar de ciência.
Fernanda Paulista dos Santos conta que ficou sabendo do evento por meio de um grupo de whatsapp da associação. “Eu tinha me programado para vir até a Efapi hoje, e aproveitei para ver o eclipse. Achei muito legal, nunca havia presenciado um eclipse antes”, comenta.
Interessado em ver o eclipse pela primeira vez na vida, Nicolas Iung Marcanzoni, de 13 anos, cita que “foi muito legal e diferente” observar com os equipamentos como o telescópio, por exemplo.
Texto: João Pedro Zatta Grolli
Fotos: Kenson Koskur Coelho